terça-feira, 23 de novembro de 2010

A corrida

A corrida
por Matheus Pessôa
Depois de um dia estressante de trabalho, eu peguei o ônibus das 5, diferentemente de todos os outros dias, em que eu pegava o das 7.Mas aquela era uma ocasião especial.A causa  de eu ter saído do trabalho mais cedo do que de costume ( e de o chefe ter descontado 5% do meu salário) era muito boa.Boníssima..Embarquei no transporte público e me sentei na cadeira dos fundos como de costume (não a do fundão, mas aquela que é "mais altinha").
 Fiquei pensando no motivo que me levara àquele ônibus.Aquele motivo ficava revirando e revirando dentro da minha cabeça.Tentei encontrar na minha vida algum motivo como aquele que me tivesse feito sair do trabalho em plena quarta-feira às 5 da tarde.Não encontrei; foi quando me dei conta eu estava sonhando (se é que é possível se dar conta de que está se  sonhando quando se, de fato, está sonhando).
  De repente, eu estava andando às três da manhã (não me pergunte como eu sabia  a hora!), em algum lugar desconhecido.Encontrei uma pessoa vagando pelo território:
- Com licença, que lugar é esse?
- Como assim?- ela respondeu com cara de Gina dos palitos
- Onde eu estou?-perguntei, estranhando o estranhamento da mulher à minha frente.
- Olha só, se você continuar falando assim comigo eu vou chamar a polícia!- a Gina se transformou em um gorila bravo.
- Eu só quero saber onde eu estou e...- o gorila me atacou com muita fúria.Consegui me desvencilhar de seus enormes e peludos braços, antes que a coisa me matasse com um .Eu fugi.Corri, corri, corri.Caí num penhasco.
 O interessante é que um dia antes desse "motivo-de-eu-ter-faltado-ao-trabalho", eu havia lido uma reportagem na Super Interessante sobre sonhos e que eles podem ser as soluções dos nosso problemas do dia-a-dia.
 Não sabia se "concretizava" o motivo da minha "falta" ao trabalho ou não; só sei que, quando me dei conta, estvava correndo, correndo e correndo para longe de tudo.

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